Profissionais de agências e anunciantes se encontraram em São Paulo, para participar do primeiro iG Digital Day. O evento faz parte da estratégia do portar para estreitar o relacionamento com o trade publicitário. “Acho que a grande atuação de um evento como esse é fomentar o mercado”, diz Alex Rocco, diretor de marketing do iG.

O iG Digital Day foi apresentado pelo diretor presidente do iG, Caio Tulio Costa. Foram apresentadas palestras do diretor de criação da Soap Creative, da Austrália, Ashley Ringrose; do diretor de criação da AG2, Rafael Payão; e do diretor de criação da BBH Londres, Mark Boyd.

Brian Solis, presidente da empresa/oráculo Future Works e autor de livros como “Engagement”, iniciou sua palestra dizendo que o conceito de engajamento entre marcas e consumidores, hoje, tem muito pouco a ver com os “velhos” conceitos de propaganda e marketing que conhecemos. Segundo Solis, as coisas antigamente eram feitas “de cima para baixo”, sendo a base da pirâmide o consumidor. Criava-se uma boa ideia, que era replicada para o consumidor em diversas mídias. Hoje, o processo se inverte: as estratégias para falar com o consumidor precisam ser pensadas “de baixo para cima”: ouvindo primeiro o consumidor e entendendo o que o move. A partir daí, as ideias florescem.

Segundo ele, o que as empresas precisam fazer é dar ao consumidor algo que os emocione, os faça querer comentar, replicar, recomendar. Algo que os engaje. “As mídias sociais têm mais a ver com sociologia e psicologia do que com tecnologia. O contexto é mais importante do que o conteúdo”, disse Solis.

Solis chamou a atenção para o grande furor que a viralização de certos vídeos causa para algumas marcas, num curto período de tempo. “Para as marcas, esse é um aprendizado importante. Um viral que desaparece não constrói uma relação. Pode ser o ponto de partida, mas é importante que as marcas criem novos acontecimentos o tempo todo, ‘refresquem’ a relação com novidades. É preciso manter a ocitocina circulando”, disse Solis, referindo-se ao hormônio que conecta mães a seus bebês de maneira emocional e serve para exemplificar o tipo de emoção que deve conectar marcas e pessoas nas redes sociais.  É o conceito que ele chama de ressonância: a capacidade de uma marca de manter-se viva nas redes sociais, trazendo coisas novas e relevantes. Este é o desafio das marcas, neste novo tempo.

Andrea Harrison, vice-presidente da Razorfish, discorreu no iG Digital Day sobre as inúmeras possibilidades de medir o sucesso das marcas na internet. A Razorfish, por exemplo, trabalha com alguns Indicadores-chave de Desempenho (Key Performance Indicators) para monitorar marcas nas redes sociais, entre elas a sua capacidade de engajar, seu conhecimento e o crescimento de fãs. São medidas que fazem sentido no ambiente virtual e que ajudam a avaliar, segundo Andrea, a saúde social de uma marca nas redes.